Turismo se recupera da tragédia um ano após enchente em São Sebastião

Turismo se recupera da tragédia um ano após enchente em São Sebastião
Turismo se recupera da tragédia um ano após enchente em São Sebastião

Em fevereiro do ano passado, a cidade litorânea de São Sebastião foi atingida por uma enchente avassaladora, deixando um rastro de destruição e lamentáveis 65 mortes, principalmente na Vila Sahy, localizada na Costa Sul do município. Agora, após um árduo processo de recuperação, São Sebastião testemunha a retomada do turismo, com esforços concentrados para reconstruir a infraestrutura e revitalizar as áreas afetadas.

A comunidade local têm sido fundamental durante esse processo. A enchente de fevereiro resultou em inundações, deslizamentos de terra e centenas de pessoas desabrigadas. Casas foram destruídas, estradas ficaram bloqueadas e empresas perderam seus estoques e instalações.  

A tragédia deixou marcas profundas na população, mas também inspirou uma demonstração de solidariedade e determinação. Desde então, a comunidade tem trabalhado para reconstruir suas vidas e sua cidade, com a ajuda de voluntários que se uniram para auxiliar na limpeza e reconstrução.

Uma das medidas anunciadas pelo Governo de São Paulo é a instalação de um sistema de sirenes com alerta sobre temporais e áreas de risco, começando pela Vila Sahy. São Sebastião, juntamente com Guarujá e Franco da Rocha, foram pioneiras na implementação desse sistema, cujo objetivo é alertar os moradores, especialmente nas áreas de risco, sobre a previsão de chuvas fortes que possam causar estragos.

A Defesa Civil, em conjunto com um grupo de estudo, está analisando os locais mais adequados na cidade para a colocação das sirenes, mas a Vila Sahy é a região prioritária para a implementação. Isso se deve ao fato de que o bairro ficou devastado após o temporal histórico que atingiu o litoral paulista no carnaval do ano passado.

O funcionamento do sistema de sirenes envolve a emissão de alertas ao Centro de Gerenciamento de Emergência das cidades sempre que houver previsão de temporais com alto índice pluviométrico. A partir disso, a própria cidade será responsável por acionar as sirenes, emitindo um aviso sonoro aos moradores sobre a necessidade de evacuar suas moradias.

Além das sirenes, também serão implementados ‘mapas comunitários de risco’ no bairro, fornecendo informações cruciais, como locais de fuga, pontos de encontro, abrigos e unidades de saúde. Essa abordagem já tem sido utilizada com sucesso em outras áreas, como São Luiz do Paraitinga.

Outra medida importante que será introduzida é um sistema de ligações diretas para a população que estiver em áreas consideradas de risco extremo durante tempestades. Isso ocorrerá por meio de um convênio com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), permitindo que as pessoas sejam contatadas por ligações e alertas sonoros em seus telefones celulares, mesmo quando estão em modo silencioso.

A recuperação do turismo em São Sebastião

Uma preocupação durante a recuperação foi o turismo, que desempenha um papel importante na economia local. As praias e atrações naturais de São Sebastião atraem turistas de todo o país e do mundo. No entanto, após a enchente, houve uma queda acentuada no número de visitantes.

Alguns hotéis e pousadas, por exemplo, aproveitaram a baixa demanda de turistas para fazer melhorias que incluíram a pintura de todas as instalações, a reforma completa de piscinas e saunas, bem como a manutenção preventiva e corretiva dos estabelecimentos. 

O proprietário da Pousada Porto Mare, Rodrigo Costa, compartilhou sua perspectiva sobre como lidaram com a baixa procura durante o ocorrido. Ele afirmou: “Entendemos que é um período de preocupação dos hóspedes, mas que esse período sempre passa. Por isso, nos preocupamos em fazer melhorias para quando tudo voltar ao normal podermos receber nossos hóspedes da melhor forma”.

Apesar das melhorias nas acomodações e da dedicação dos empresários locais, o setor de turismo ainda enfrenta desafios financeiros. Muitos turistas foram afastados pela cobertura midiática da tragédia, que não se concentrou em informar sobre a recuperação subsequente. 

Ainda de acordo com Rodrigo, “o desastre foi amplamente divulgado em todas as mídias e, infelizmente, depois que tudo passou, inclusive os riscos iminentes, as mídias não fizeram matérias para explicar como a região se recuperou e está pronta para continuar recebendo os milhares de turistas”.

Agora, após um ano, o turismo está se recuperando e as praias estão mais limpas e seguras, e as empresas de turismo estão trabalhando duro para receber os turistas com segurança.

Quem visita São Sebastião tem encontrado uma comunidade de braços abertos para receber seus visitantes. Além disso, diversas iniciativas de promoção turística foram lançadas para atrair turistas de volta à cidade. Festivais, eventos culturais e esportivos, bem como campanhas de conscientização sobre a importância do turismo sustentável, têm sido destaque nesse processo.

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