Varizes: técnicas menos invasivas substituem cirurgias

Varizes: técnicas menos invasivas substituem cirurgias
Varizes: técnicas menos invasivas substituem cirurgias

Dor, cansaço, sensação de peso, aperto ou desconforto nas pernas, queimação e ardência, principalmente no fim do dia. Estes são alguns dos sinais iniciais da insuficiência venosa crônica, doença que, apesar de frequente, ainda é pouco conhecida. O tema ganhou maior repercussão após atingir o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Muitas vezes confundida com um problema estético, a doença venosa crônica pode se manifestar desde os chamados "vasinhos" (estágio clínico C1) até quadros mais graves. Estima-se que até 80% da população mundial apresente algum grau da condição. Entre esses, cerca de 30%, o equivalente a 2,47 bilhões de pessoas, já apresentam varizes, caracterizadas por veias superficiais dilatadas e tortuosas que surgem como protuberâncias visíveis na pele, geralmente nas pernas, acompanhadas de dor, inchaço e sensação de peso. Aproximadamente 1% (82,4 milhões de pessoas) evolui para estágios mais avançados, com úlceras venosas. No Brasil, os números correspondem a 63,8 milhões de pessoas com algum grau da doença e mais de 2 milhões com úlceras venosas. O tratamento inclui desde cirurgias convencionais, como safenectomia e varicectomia, até técnicas minimamente invasivas, que vêm sendo cada vez mais aplicadas em clínicas e hospitais.

Os procedimentos tradicionais envolvem a retirada da veia safena ou de outros vasos comprometidos, realizados em ambiente hospitalar e sob anestesia. Nesse tipo de cirurgia, há maior manipulação tecidual, risco de hematomas e tempo médio de recuperação que pode variar de duas a seis semanas.

As técnicas minimamente invasivas, como a termoablação endovenosa (endolaser), a escleroterapia com espuma e as microflebectomias, utilizam punções ou incisões menores, muitas vezes com anestesia local. A recuperação costuma ser mais rápida, com retorno às atividades em poucos dias. Um estudo realizado no Brasil comparou 50 pacientes tratados com endolaser em ambiente hospitalar e em clínica.

Para a cirurgiã vascular Camila Caetano, a decisão deve equilibrar segurança, eficácia e condições específicas de cada caso: "Cada paciente apresenta um padrão diferente de comprometimento venoso. A escolha entre cirurgia convencional ou técnicas minimamente invasivas depende da análise clínica, dos sintomas e do grau de refluxo venoso. Hoje, métodos como o endolaser, a escleroterapia com espuma e as microflebectomias permitem tratamento ambulatorial, com recuperação mais rápida e segurança monitorada por protocolos individualizados. E, também, vem aumentando muito as indicações com possibilidades de tratar a maior parte dos pacientes ambulatorialmente." destaca.

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