Procedimento a laser é alternativa para tratar o glaucoma

Procedimento a laser é alternativa para tratar o glaucoma
Procedimento a laser é alternativa para tratar o glaucoma

O glaucoma é uma doença crônica que danifica o nervo óptico pela elevação da pressão intraocular, podendo levar à perda permanente da visão. Entre os quatro tipos existentes, o glaucoma primário de ângulo aberto é o mais comum, manifestando-se principalmente a partir dos 40 anos. É a principal causa de cegueira prevenível no mundo, responsável por 25% dos casos de cegueira.

No Brasil, cerca de 2,5 milhões de pessoas com mais de 40 anos têm glaucoma, de acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma, mas 70% desconhecem o próprio diagnóstico. Embora não tenha cura, a doença pode ser controlada com tratamento médico adequado, que é feito pela redução da pressão intraocular, por meio de colírios, cirurgia ou tratamento a laser, como a trabeculoplastia seletiva (SLT).

O Dr. Bruno Figueiredo, médico oftalmologista especialista em glaucoma, esclarece que a SLT é um procedimento geralmente indolor que reduz a pressão ocular e, por isso, pode evitar a progressão da lesão no nervo óptico, sem efeitos colaterais e é feito em consultório.

De acordo com o oftalmologista, a técnica é indicada especialmente para pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto e hipertensão ocular, logo, a maioria dos pacientes são potenciais candidatos à SLT. No entanto, o tratamento deve ser restringido para pacientes com ângulo muito estreito, glaucomas inflamatórios ou neovasculares, que possuem condutas específicas.

O Dr. Bruno Figueiredo relata que utiliza a SLT como primeira abordagem em boa parte dos casos. “Atualmente, eu já inicio o tratamento dos pacientes recém diagnosticados com o laser ao invés do colírio em praticamente todos os meus casos. Quase todos os pacientes que eu oriento fazer o laser ficam sem precisar dos colírios depois do procedimento.”

O médico especialista revela que o SLT teve sua aplicação ampliada nos últimos anos. “É um procedimento que já utilizamos nos nossos pacientes há cerca de 11 anos com excelentes resultados. Entretanto, nos últimos cinco anos, o uso desse procedimento como tratamento para pacientes recém diagnosticados de glaucoma se disseminou.”

Tratamento a laser ganha espaço como primeira linha

De acordo com a Glaucoma Research Foundation, um relatório publicado na revista The Lancet afirma que a SLT deve ser oferecida como tratamento de primeira linha para o glaucoma, substituindo os colírios redutores de pressão. O estudo aponta que, além de segura e eficaz, a SLT pode gerar economia significativa aos sistemas de saúde e pacientes ao longo do tempo.

Para o Dr. Bruno Figueiredo, o tratamento com a SLT tem vantagens em relação aos colírios. Segundo ele, a literatura médica aponta que pelo menos 40% dos pacientes com glaucoma que tratam com colírio, falham no uso da medicação. “Falhas na adesão ao uso do colírio podem ocasionar piora do glaucoma. Com o SLT, o paciente em apenas uma sessão tem a pressão ocular reduzida por cerca de quatro anos.”

O oftalmologista aponta outros aspectos do procedimento que podem ser vistos pelos pacientes como vantajosos. Para ele, a melhora na qualidade de vida, o fim do estigma diário de ser lembrado que precisa pingar o colírio e um melhor custo, ao longo dos anos, se comparado a compra mensal dos colírios motivam a decisão de muitos pacientes.

O Dr. Bruno Figueiredo pontua que os colírios para glaucoma possuem substâncias que causam efeitos colaterais, muitos deles incômodos para o paciente, como olheira, vermelhidão dos olhos e lacrimejamento. Segundo ele, a opção de tratar a pressão elevada do olho através de uma sessão única de laser em consultório, é vista como um avanço para o tratamento de pacientes com glaucoma.

“Quando não existiam outras opções para esses pacientes, o nosso papel como oftalmologista era orientar que os efeitos colaterais deveriam ser tolerados pelo paciente, pois era o tratamento de uma doença silenciosa, que pode evoluir para cegueira irreversível, felizmente hoje podemos propagar uma liberdade medicamentosa,” afirma o especialista.

O Dr. Bruno Figueiredo afirma que, em sua experiência clínica de mais de uma década, cerca de 85% dos pacientes atingem a redução da pressão ocular desejada sem precisar de colírios para glaucoma. “Alguns pacientes precisam de uma ajuda a mais na redução da pressão, e nesses casos, prescrevemos colírios, certamente, mais fracos, do que se o paciente não tivesse feito a SLT.”

Para o médico, a SLT se tornará a primeira escolha no tratamento do glaucoma. “Acredito que em um futuro próximo nós teremos essa quebra do paradigma no tratamento do glaucoma em nosso país.”

O Dr. Bruno Figueiredo ressalta que o uso dos colírios ainda é uma opção para pacientes com casos mais avançados de glaucoma, ou que responderam de maneira insuficiente ao laser de SLT, ou mesmo nos poucos pacientes que não são bons candidatos ao procedimento, como com glaucoma de ângulo fechado. “Em alguns casos, o colírio permanece sendo a melhor opção, por isso, é fundamental uma avaliação individualizada pelo oftalmologista,” orienta.

Para saber mais, basta acessar: https://drbrunofigueiredo.com/

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