Revisão de transplante capilar exige especialização

Revisão de transplante capilar exige especialização
Revisão de transplante capilar exige especialização

Em média, são realizados mais de 6 mil transplantes capilares por ano no Brasil, como revela o Censo 2023 da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC). Muitas vezes, são necessárias cirurgias de revisão do transplante capilar, que podem ocorrer por diversos motivos, como queixas de baixa densidade, desenho artificial da linha frontal e assimetrias.

Na clínica JC Pereira,  especializada em transplantes capilares e que opera desde 1988 em São Paulo, os médicos Dr. João Carlos Pereira, um dos pioneiros do transplante capilar no país, e Dr. João Pedro C. Pereira, dermatologista com especialização em tricologia, atuam com foco em experiência cirúrgica, pesquisa e tecnologia em cirurgias de transplante capilar.

Segundo o Dr. João Carlos Pereira, um dos primeiros médicos a realizar a técnica FUE (Extração de Unidades Foliculares) no Brasil, os motivos que trazem pacientes de volta à cirurgia são, muitas vezes, ligados a resultados que frustram as expectativas. “O campeão de queixas é um caimento artificial dos fios transplantados. Sabe aquele cabelo que parece espetado, quase a 90 graus da pele, como uma escova? Isso acontece quando a angulação e a direção dos fios implantados estão erradas”, explica.

Dr. João Carlos Pereira esclarece que o cabelo natural nasce em um ângulo agudo e segue um padrão específico, e é o cirurgião quem garante esse caimento natural. “Quando isso falha, o resultado grita ‘artificial’”, frisa.

De acordo com o especialista, outros problemas que geram insatisfação são:

  • Design malfeito: “imagine uma moldura que não combina com o quadro. É o que acontece quando a nova linha de cabelo não harmoniza com o rosto do paciente”, exemplifica. “Muitos profissionais usam um modelo ‘padrão’ para todos, mas a verdade é que o design precisa ser personalizado, equilibrando as proporções faciais de cada indivíduo para emoldurar a face com perfeição”, afirma;
  • “Cabelo de boneca”: “ocorre quando são implantados ‘tufos’ com dois, três ou até quatro fios juntos bem na linha de frente do cabelo. O resultado é um aspecto grosseiro e pontilhado, que denuncia o transplante à primeira vista”, explica.
  • Baixa densidade e transparência: às vezes, o cabelo transplantado não cobre a área como deveria, deixando o couro cabeludo visível entre os fios – o que pode ser resultado de um mau planejamento ou de um baixo aproveitamento das “mudas” de cabelo, que simplesmente não cresceram como esperado;
  • Complicações na área doadora: “não podemos esquecer da área de onde os fios foram retirados. Falhas, marcas e irregularidades nessa região podem causar desconforto estético”, afirma.

Dr. João Pedro Pereira conta que, entre as queixas mais comuns – baixa densidade, linha frontal artificial e assimetrias – o maior desafio é lidar com uma combinação de problemas. “A situação se torna complexa quando o paciente chega com uma linha frontal artificial, com ângulos errados e tufos, e, para piorar, essa linha foi desenhada muito baixa no rosto”, diz.

Segundo o médico, tudo começa com uma consulta médica detalhada a fim de avaliar a situação atual: o que restou de área doadora, a qualidade dos fios e a extensão dos problemas do transplante anterior. “A análise minuciosa é o ponto de partida para traçar um plano. Com base no que vejo, consigo planejar como vamos reverter as complicações e, finalmente, entregar um resultado natural e harmônico”, explica

O Dr. João Pedro Pereira ressalta que, em relação ao transplante primário, a cirurgia de revisão exige cuidados extras no planejamento. “O cuidado mais importante é fazer um cálculo exato entre a área doadora disponível e a quantidade de cabelo que precisamos para corrigir os problemas estéticos. É uma matemática delicada para garantir que teremos ‘matéria-prima’ suficiente para uma distribuição inteligente e eficaz”, detalha.

Além disso, prossegue, é avaliada a necessidade de procedimentos complementares, como sessões de laser para remover fios indesejados antes da nova cirurgia e a possibilidade de uma primeira etapa apenas para extrair os tufos mal posicionados. “O uso de softwares específicos e até de IA (Inteligência Artificial) nos ajuda a ter essa precisão, criando um plano cirúrgico para evitar surpresas e garantir um resultado satisfatório”, esclarece.

Técnica FUE contribui para a redistribuição das unidades foliculares

Na visão de Dr. João Carlos Pereira, a técnica FUE é uma aliada nas cirurgias de revisão, superando a antiga técnica FUT (da faixa) por conta de sua flexibilidade. Com a FUE, é possível:

  • Extrair uma quantidade maior de mudas para compensar erros da cirurgia anterior;
  • “Reciclar” os fios: é possível retirar mudas que foram mal implantadas na área calva e replantá-las em outro local;
  • Buscar reforços: em casos onde a área doadora do couro cabeludo está muito danificada, a FUE permite usar pelos de outras partes do corpo, como da barba, para complementar a reconstrução. 

O especialista ressalta que, em alguns casos, é preciso associar terapias clínicas à cirurgia de revisão. “O tratamento clínico é um parceiro estratégico nas cirurgias de reparação. Muitas vezes, o paciente chega com uma área doadora já enfraquecida. Nesses casos, é essencial iniciar um tratamento clínico antes da cirurgia de revisão”, explica. “Após a cirurgia, o tratamento contínuo ajuda a estabilizar a calvície, evitando que o paciente perca mais cabelo e precise de novas intervenções no futuro”, afirma.

Profissional deve ser especializado

Para o Dr. João Pedro Pereira, é fundamental pesquisar o profissional que realizará o transplante capilar e exigir uma estrutura adequada para garantir a segurança durante o procedimento, que depende de uma equipe experiente e de um médico com profundo conhecimento na área, de preferência membro das principais sociedades nacionais e internacionais de transplante capilar.

Nesse intuito, na clínica JC Pereira a estrutura funciona em formato de day hospital. O empreendimento é um dos primeiros hospitais dedicados ao transplante capilar no Brasil de forma exclusiva, realizando mais de 18 mil cirurgias desde sua fundação em 2000.

Para mais informações, basta acessar: https://transplantecapilarfue.com.br/ 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

VOCÊ FAZ A NOTÍCIA

Aqui você faz a notícia enviando fotos, vídeos e sugestões de reportagens para a nossa redação.

Postagens Recentes