76% dos brasileiros apoiam Lula na defesa da queda dos juros, diz pesquisa

Passados 45 dias de governo, o Banco Central insiste na absurda decisão de manter a maior taxa de juros real do planeta. O presidente da instituição, Roberto Campos Neto, começa a sentir, no entanto, o peso de seu isolamento no debate aberto pelo presidente Lula, ao criticar a taxa Selic, atualmente em 13,75%. Assim, vem crescendo o apoio ao petista em favor de uma agenda de desenvolvimento e geração de empregos. De acordo com pesquisa Genial Quaest, divulgada nesta-feira (15%), a maioria esmagadora da população, 76%, apoia Lula na defesa de uma queda da taxa de juros praticada pelo BC.

De acordo com o levantamento, apenas 14% não concordam com o presidente. 8% não quiseram ou souberam responder. “Todos são críticos a esta taxa de juros tão elevada”, afirmou o deputado federal e líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu, em entrevista à CNN, nesta terça-feira (15). “76% da população pensam igual ao que a gente pensa, acha que a taxa de juros está muito elevada. Acho que é correto o país fazer um movimento para de forma responsável e gradual ir reduzindo a taxa de juros”, defendeu o deputado.

O levantamento destaca que quase metade da população, 46%, afirmou acreditar que Campos Neto age com interesses políticos à frente do Banco Central. Para 37%, o presidente do BC trabalha tecnicamente, enquanto 17% não souberam opinar sobre a atuação dele.

Mesmo entre os eleitores de Bolsonaro, 61% concordam com a tese do presidente da República de que é preciso baixar a taxa de juros no país. Entre os eleitores de Lula, 87% também apoiam o petista na cruzada pela redução da Selic. A pesquisa também registrou que 67% não ficaram sabendo das críticas de Lula ao BC.

Fé no governo Lula
O levantamento também aponta que o comportamento de Lula na Presidência é aprovado por 65%, enquanto 29% discordam o modo de governar de Lula. Ainda de acordo com a Quaest, a maioria (60%), considera que o governo Lula será melhor do que o de seu antecessor. Outros 27% disseram que será pior, 8% afirmaram que será igual e 5% não responderam.

Para fazer o levantamento, o instituto entrevistou, ao vivo, 2.016 pessoas entre 10 e 13 de fevereiro, percorrendo 120 municípios. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais.

Fonte: PTNacional, com Folha e 247

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