Comer pesa cada vez mais no bolso: famílias mais pobres já gastam 22% da renda com alimentação

Um estudo recente divulgado pelo Instituto Food for Zero (IFZ) revelou um cenário preocupante para as famílias brasileiras, especialmente as mais pobres. De acordo com o relatório, disponível no link  IFZ, a alimentação tem consumido uma parcela cada vez maior da renda familiar, atingindo 22% do orçamento das famílias de baixa renda.

O aumento dos preços dos alimentos básicos, como arroz, feijão, óleo e carne, tem sido um dos principais fatores para esse cenário. A inflação dos alimentos, aliada à estagnação dos salários e ao desemprego, tem pressionado ainda mais o orçamento das famílias, que precisam fazer escolhas difíceis entre alimentação e outras despesas essenciais, como moradia, transporte e saúde.

Impacto nas famílias de baixa renda

Para as famílias que vivem com até um salário mínimo, a situação é ainda mais crítica. O estudo do IFZ mostra que, enquanto as famílias de classe média gastam cerca de 15% da renda com alimentação, as mais pobres já comprometem 22% do seu orçamento. Esse aumento tem levado muitas famílias a reduzir a quantidade e a qualidade dos alimentos consumidos, optando por produtos mais baratos e menos nutritivos.

Maria da Silva, moradora da periferia de São Paulo, relata que a situação está cada vez mais difícil. “Antes, eu conseguia comprar carne pelo menos duas vezes por semana. Agora, só uma vez por mês, e olhe lá. Estamos comendo mais ovo e salsicha, mas não é a mesma coisa”, desabafa.

O relatório aponta que a alta dos preços dos alimentos está relacionada a uma combinação de fatores, incluindo a desvalorização do real, os custos de transporte e os impactos climáticos na agricultura. Além disso, a pandemia de COVID-19 agravou a situação, com interrupções nas cadeias de suprimentos e aumento da demanda por alimentos básicos.

Especialistas sugerem que políticas públicas eficazes são urgentes para aliviar o peso da alimentação no orçamento das famílias. Entre as medidas propostas estão o fortalecimento de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e a redução de impostos sobre alimentos básicos. Além disso, investimentos em agricultura familiar e em tecnologias que aumentem a produtividade podem ajudar a reduzir os custos dos alimentos a longo prazo.

Conclusão

O estudo do IFZ serve como um alerta para a necessidade de ações imediatas e eficazes para garantir que todas as famílias brasileiras tenham acesso a uma alimentação adequada e saudável. Enquanto isso, o peso da alimentação no bolso das famílias mais pobres continua a crescer, evidenciando as desigualdades sociais e econômicas do país.

Para mais informações, acesse o relatório completo no link:  IFZ.

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