Dia Mundial da Segurança do Paciente tem foco na infância

Dia Mundial da Segurança do Paciente tem foco na infância
Dia Mundial da Segurança do Paciente tem foco na infância

No dia 17 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Segurança do Paciente, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para estimular governos, profissionais e instituições a adotarem práticas que reduzam riscos e previnam danos na assistência à saúde.

De acordo com dados da OMS divulgados em 2024, globalmente, 1 em cada 20 pacientes sofre danos evitáveis com medicamentos, sendo que mais da metade (53%) são relacionados à prescrição, apontando para a necessidade de melhorar as práticas de segurança medicamentosa.

O Ministério da Saúde promove o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), que tem como um dos principais objetivos estimular uma cultura de segurança em todos os níveis da saúde. Além disso, incentiva que pacientes e familiares participem ativamente do cuidado, ao fazer perguntas, esclarecer dúvidas e colaborar com a equipe de saúde.

O presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal, destaca o papel das gestões de unidades de saúde. “É fundamental investir em protocolos claros, treinamento contínuo das equipes, uso de tecnologia para monitoramento e uma cultura hospitalar que priorize a segurança. Cada falha representa não apenas um número em estatísticas, mas uma vida em risco”, afirma.

 

Recém-nascidos e crianças

Em 2025, o tema da campanha da OMS é “Cuidado seguro para cada recém-nascido e cada criança”. O objetivo é ressaltar a necessidade de implementação de medidas para o fortalecimento da segurança nos cuidados pediátricos e neonatais. Dessa forma, busca-se também atingir a meta 3.2 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU): acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de cinco anos. 

No Brasil, estabeleceu-se reduzir, até 2030, a mortalidade neonatal para no máximo 5 a cada mil nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para no máximo 8 a cada mil nascidos vivos. A meta global é de pelo menos 12 e 25, respectivamente.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) define que é assegurado o acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde.

O especialista em Direito Médico e Odontológico propõe que o PNSP reforce suas ações voltadas para os recém-nascidos e crianças. “O compromisso com a segurança do paciente deve ser ainda maior quando falamos desses públicos. Iniciativas que incentivem o conhecimento e a participação ativa de pais e responsáveis, por exemplo, são essenciais”, completou.

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