Casos de dengue caem, mas risco de surto ainda preocupa

Casos de dengue caem, mas risco de surto ainda preocupa
Casos de dengue caem, mas risco de surto ainda preocupa

Apesar da redução de mais de 70% nos casos de dengue registrados em 2025, o cenário ainda requer atenção. Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre janeiro e outubro, foram contabilizados cerca de 1,3 milhão de casos prováveis — número significativamente inferior ao mesmo período de 2024, quando o país enfrentou a maior epidemia da doença, com quase 6 milhões de casos.

A infectologista do Hospital Sírio-Libanês, Mirian Dal Ben, reforça que o período de baixa transmissão não deve ser interpretado como sinal de segurança. “É justamente nessa fase de queda que a prevenção precisa ser reforçada”, afirma.

Segundo a especialista, o mosquito Aedes aegypti se multiplica com mais facilidade em períodos de calor e chuva. “Quando há relaxamento nas medidas de prevenção, criamos um ambiente propício para novos surtos”, explica.

A sazonalidade também representa um desafio. A diminuição das temperaturas reduz a circulação do mosquito, mas a retomada do clima quente e úmido favorece novamente sua proliferação. “A ausência de casos não significa ausência de risco”, alerta Mirian.

Outro ponto de preocupação é a circulação simultânea dos quatro sorotipos do vírus da dengue no país, o que aumenta o risco de reinfecções e de casos graves. A médica destaca a importância da vacinação para quem faz parte do público elegível.

Cinco cuidados essenciais para prevenir a dengue

  • Eliminar recipientes que acumulam água parada;

  • Revisar calhas, caixas-d’água e vasos de plantas;

  • Manter a limpeza dos ambientes ao longo de todo o ano;

  • Ficar atento a sinais de alerta, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos e sonolência;

  • Procurar atendimento médico ao notar sintomas da doença.

Os sintomas mais comuns incluem febre alta, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, fraqueza, náusea e manchas vermelhas na pele. O tratamento é de suporte, com hidratação adequada e acompanhamento clínico.

Mirian reforça que as medidas preventivas e a vacinação devem fazer parte da rotina. “Manter atenção constante é essencial para reduzir o risco individual e comunitário”, conclui.

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