CUT e demais centrais criticam presidente do BC por juros altos

O Comitê de Política Monetária (Copom), vinculado ao Banco Central (BC), se reúne nesta terça e quarta-feira (18 e 19) para decidir se manterá a taxa de juros em 10,50% ou se a reduzirá. Na última reunião, a Selic (taxa de juros do país) foi reduzida em apenas 0,25%, desacelerando a tendência de queda de meio ponto percentual que vinha ocorrendo desde agosto do ano passado, quando estava em 13,75%, a maior do mundo.

 

Nesta manhã, a CUT e outras centrais sindicais protestaram em frente à sede do BC em São Paulo, na Avenida Paulista, contra a política de juros altos. A vice-presidenta nacional da CUT, Juvandia Moreira, e o Secretário-Geral nacional da Central, Renato Zulatto, participaram do ato, juntamente com trabalhadores de diversas categorias.

 

Juvandia Moreira, que é bancária, tem criticado o que considera um boicote à economia do país por parte do Banco Central, o que impacta o crescimento econômico e prejudica a geração de empregos dignos.

 

“O BC alega que a Selic precisa ser alta para conter a inflação, mas esta segue sob controle e existem outros métodos para conter a inflação que não causam prejuízos para todo o país”, destacou Juvandia Moreira.

 

“Além disso, quando Campos Neto alega que a desaceleração no ritmo de redução da Selic se deve ao aumento do emprego [pois um mercado aquecido supostamente seria responsável pela inflação], ele entra em contradição, pois vai contra uma das missões do BC, que é colaborar para que o Brasil alcance o pleno emprego”, completou a dirigente.

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