Policy brief da Softex traz recomendações para IA

Policy brief da Softex traz recomendações para IA
Policy brief da Softex traz recomendações para IA

Em meio ao avanço acelerado da inteligência artificial no país, o Observatório Softex apresenta seu terceiro policy brief, "Regulação que Compete: IA Confiável para Escalar a Produtividade do Brasil". O estudo oferece uma leitura crítica e inédita do atual marco regulatório em discussão no país, analisando o Projeto de Lei nº 2.338/2023, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) e as diretrizes da política de neoindustrialização, com foco nos impactos para a competitividade, a produtividade e a inovação nacional.

Com base em evidências e dados atualizados, o conteúdo aponta que uma regulação inteligente e baseada em risco, inspirada em modelos internacionais como o da União Europeia, pode aumentar a previsibilidade jurídica e fomentar a inovação no Brasil. O relatório propõe uma regulação que não apenas garanta segurança e ética, mas que também atue como vetor de produtividade e confiança para empresas e governos.

Entre suas principais revelações, o estudo identifica cinco tendências centrais: a adoção de um modelo regulatório baseado em níveis de risco; o aumento de investimentos globais em infraestrutura e pesquisa; a redução de custos com padrões técnicos internacionais como o NIST AI Risk Management Framework; o impacto redistributivo da IA sobre o trabalho; e a confiança como fator essencial para escalar a tecnologia.

Recomendações para os próximos dois anos

O policy brief ressalta que países capazes de alinhar regulação, infraestrutura e qualificação profissional avançarão mais rapidamente na economia digital. No caso brasileiro, o alinhamento entre regulação proporcional ao risco, formação de talentos e infraestrutura de dados pode reduzir desigualdades tecnológicas e abrir novos mercados internacionais.

Como recomendações prioritárias para os próximos dois anos, o Observatório Softex propõe a criação do Sistema Nacional de Avaliação de IA, o lançamento do Selo IA Confiável – Brasil e um pacote de competitividade para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), incluindo vouchers de conformidade e kits de implementação regulatória. A publicação também defende a implantação de guias técnicos vivos, sandboxes regulatórios e programas massivos de capacitação em IA e cibersegurança.

Os dados do relatório reforçam que a confiança é condição fundamental para escalar a adoção de IA no país. Setores sensíveis, como Saúde e Governo Digital, demandam critérios claros de rastreabilidade, supervisão humana e transparência. O documento recomenda, ainda, a criação de um portal público de auditorias e incidentes de IA e alianças internacionais de certificação, reduzindo o custo-Brasil e ampliando a inserção global de soluções nacionais.

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