Justiça bloqueia R$ 2,8 bilhões de investigados por fraude no INSS

Advocacia-Geral da União obtém decisões favoráveis nas 15 ações de indisponibilidade de bens para ressarcir aposentados e pensionistas

A Justiça Federal do Distrito Federal determinou o bloqueio de R$ 2,8 bilhões em bens e ativos financeiros de associações, empresas e pessoas físicas envolvidas em um amplo esquema de fraude contra aposentados e pensionistas. A medida atende a 15 ações cautelares ajuizadas pela Advocacia-Geral da União (AGU), com base na Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013), a pedido do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A manobra jurídica visa garantir o ressarcimento das vítimas de descontos ilegais em benefícios previdenciários. O bloqueio foi autorizado pela juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do DF, que também determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados no período de janeiro de 2019 a março de 2025.

Esquema: entidades de fachada e laranjas

As investigações apontam que pelo menos 12 entidades associativas atuavam como empresas de fachada, criadas para aplicar golpes por meio de laranjas. A AGU moveu a ação original no dia 8 de maio. No dia seguinte, a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU), o processo foi ampliado para incluir seis empresas de consultoria e oito pessoas físicas acusadas de intermediar propinas a agentes públicos do INSS.

Ações desmembradas e bloqueios milionários

Por ordem judicial, a ação foi desmembrada em 15 processos com até cinco réus cada. Em 3 de junho, os primeiros bloqueios — no valor de R$ 119 milhões — foram efetivados. As decisões mais recentes, somando os R$ 2,8 bilhões, foram publicadas nesta quinta-feira (12/06).

Os alvos do bloqueio:

Entre os nomes bloqueados estão:

  • Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB) – R$ 191,2 milhões

  • Universo AAPPS – R$ 255,6 milhões

  • Ambec – R$ 512,9 milhões

  • CBPA e Unaspub – R$ 513 milhões

  • AAPEN – R$ 281,1 milhões

  • Asbrapi, Asabasp, Apbrasil, Cebap – R$ 396,5 milhões

  • Apdap Prev e CAAP – R$ 476,1 milhões

  • Consultorias (Vênus, THJ, Prospect, Brasília, Curitiba, ACCA) e escritórios de advocacia – aproximadamente R$ 23,8 milhões cada

Impacto e próximos passos

Segundo a AGU, o objetivo central é restituir aposentados e pensionistas que foram vítimas de descontos irregulares em folha. As medidas de bloqueio e quebra de sigilos visam fortalecer a responsabilização civil e administrativa dos envolvidos.

Fonte oficial: AGU – Justiça bloqueia R$ 2,8 bilhões de investigados por fraude no INSS

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