A partir de fevereiro, a vacina, que também protege contra subvariantes Omicron, será usada em grupos de risco
O Ministério da Saúde, em reunião da Comissão Interinstitucional Tripartite em Brasília, anunciou nesta quinta-feira (26.) a aplicação a pessoas com 70 anos ou mais, imunodeprimidos, residentes em instituições de longa permanência, populações indígenas e quilombolas.
Segundo o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis Éder Gatti, os grupos mais expostos aos riscos de complicações causadas pelo coronavírus, que tiverem sido vacinados com pelo menos duas doses da vacina monovalente, receberão a aplicação da bivalente vacina. .
Na segunda fase, pessoas de 60 a 69 anos receberão um reforço. Na terceira etapa, será a vez das gestantes, e na sexta e na quarta etapa, os profissionais de saúde.
“Estamos em contato com fornecedores para aumentar o fornecimento de doses, inclusive de vacinas contra a covid”, disse Gatti em evento realizado na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília.
O que é uma vacina bivalente?
O termo bivalente é designado para a vacina covid-19 atualizada. Isso significa que é capaz de proteger a cepa original do Sars-Cov-2, mas também a variante Omicron em suas subvariantes BA.1, BA.4 e BA.5. No Brasil, o produto da Pfizer já foi aprovado para uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desde o ano passado, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (AMB) pedem ao governo que acelere a disponibilização desse tipo de vacina. Serve como proteção adicional e será importante no combate ao covid-19.
Crianças
Para as crianças, o departamento disse que garantiu 8,5 milhões de doses esperadas de Pfizer baby no próximo mês; 9,2 milhões de doses da Pfizer pediátrica e 2,6 milhões de doses da CoronaVac.
A aplicação neste público gerou preocupação nos gestores municipais e estaduais. Segundo Guilherme Ribas, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems), pequenos municípios registram problemas com o descarte de doses ao abrir frascos de 10 aplicações: devido à limitação de buscas por imunização, contribuições de saúde têm medo De resíduos.
— Temos cinco prefeituras no Rio Grande do Sul (Coqueiros do Sul, Floriano Peixoto, Forquetinha, Inhacorá e Vespasiano Correa) que não vacinaram nenhuma criança pequena (três e quatro anos) por falta de demanda — enfatizou.
O Ministério da Saúde ainda planeja intensificar a imunização de maiores de 12 anos com a vacina monovalente entre os que ainda não foram vacinados. Uma das iniciativas deve ser feita com as comunidades escolares, disse Getti.