Rádio se mantém forte como meio de mídia, aponta pesquisa

Rádio se mantém forte como meio de mídia, aponta pesquisa
Rádio se mantém forte como meio de mídia, aponta pesquisa

O Brasil celebrou no dia 7 de setembro de 2022 os cem anos do rádio no país. Em 1922, os brasileiros ouviram pela primeira vez uma transmissão de rádio durante a comemoração do centenário da Independência, quando foi difundido o discurso do então presidente da República, Epitácio Pessoa.

A primeira emissora do país foi a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, criada em 1923 pelo antropólogo e educador Edgard Roquette-Pinto, considerado o pai da radiodifusão no país. Desde então, milhões de brasileiros tiveram acesso à música, entretenimento e informação por meio das ondas sonoras do rádio. Um fenômeno que, na visão de muitos, seria ameaçado pela chegada da televisão e, nos últimos anos, por conta da internet.

Apesar disso, contrariando o temor de muitas pessoas, o rádio seguiu se reinventando frente às inovações digitais. É o que afirma Anacleto Angelo Ortigara, CEO Audiency Brasil Tecnologia.

A empresa foi fundada em Florianópolis (SC) no ano de 2020, em plena pandemia de Covid-19. A ferramenta distribui, coleta, trata e disponibiliza dados em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana, analisando mais de 6 mil emissoras de rádio no Brasil e em 18 países.

De acordo com dados do Inside Rádio 2022, estudo anual da Kantar IBOPE Media sobre o consumo de rádio no país, o rádio é ouvido por 83% da população brasileira, considerando as 13 regiões pesquisadas regularmente pela empresa.

Segundo o instituto, três a cada cinco ouvintes escutam rádio todos os dias e 58% estão ouvindo o meio em maior, ou na mesma quantidade nos seis meses anteriores à pesquisa. Com relação ao tempo diário, a análise demonstrou que cada ouvinte passa, em média, 3h58 minutos ouvindo rádio por dia.

Além disso, 7,4 milhões de brasileiros ouvem o rádio pela internet. O consumo via web avançou 85% em relação a 2019, com um consumo médio de 2h45 minutos, conforme publicado pela Acaert (Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão)

Para Ortigara, os dados comprovam que o rádio não apenas continua “vivo”, como ainda tem se mostrado uma alternativa viável para a publicidade. “É possível notarmos que o rádio se mantém forte e relevante, sendo, inclusive, a primeira vez no país em que uma campanha presidencial foi monitorada, o que ressalta o valor desse meio de comunicação como instrumento da propagação de propostas, base de trabalho e características do candidato”, ressalta o empresário. “Com isso, houve a mensuração da efetividade da veiculação da campanha política no rádio, relevando o mesmo como veículo imprescindível em todas as camadas da população”, complementa. 

A seguir, ele destaca cinco “mitos” que os anunciantes podem acreditar com relação aos anúncios no rádio, mas que, em sua visão, não correspondem à verdade: 

1 – Ninguém escuta mais rádio

“Não é verdade que ninguém escuta mais rádio. Muito pelo contrário: a pesquisa do Kantar Ibope aponta que, de 2021 para 2022, o brasileiro passou a consumir ainda mais o meio, especialmente através do streaming, que aumentou ainda mais depois da pandemia”, reporta.

2 – Anúncio no rádio só é eficaz para negócios locais

Anunciar no rádio pode ser eficaz para empresas locais e nacionais, afirma Ortigara. “O rádio pode ajudá-lo a alcançar um público amplo em todo o país ou focar em uma área específica, dependendo da estação e do horário que você escolher”.

3 – Anúncios de rádio são ignorados pelos ouvintes

Segundo o CEO Audiency Brasil Tecnologia, os ouvintes de rádio estão ativamente envolvidos com o conteúdo que estão ouvindo, então é mais provável que eles ouçam a mensagem do que a ignorem. Além disso, muitas estações de rádio oferecem oportunidades de patrocínio de eventos ou programas, o que pode aumentar ainda mais o engajamento dos ouvintes

4 – Os ouvintes do rádio não são qualificados

“Fazendo todas as segmentações de forma correta, o rádio tem, sim, o poder de converter ouvintes em clientes. Uma pesquisa do Kantar Ibope aponta que 37% dos ouvintes passaram a pesquisar ou comprar um produto em função de um anúncio de rádio”, diz ele.

5 – Não é possível mensurar uma campanha de rádio

Ortigara destaca que quem trabalha com análise de tráfego pago sabe como os dados são imprescindíveis para medir o desempenho dos anúncios em plataformas como o Facebook, Google e TikTok. “O que, entretanto, não torna tão atrativo para anunciantes é a incapacidade de mensurar campanhas off-line”, pontua.

Contudo, prossegue, iniciativas privadas como a Audiency Brasil, através da tecnologia do checking de mídia, proporcionam a mensuração com a mesma facilidade de campanhas on-line em campanhas de mídia off-line. “O rádio, apesar dos mitos e más concepções sobre a forma de anunciar, ainda é um meio de comunicação eficaz e uma alternativa para anunciar os produtos”, articula.

Para mais informações, basta acessar: https://audiency.io/

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